quarta-feira, 20 de março de 2013

A LIÇÃO DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA


A LIÇÃO DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA

As notícias cairam na mídia de forma bombástica e tonitruante. Uma médica, responsável pela UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, estava “escolhendo”quem vivia ou morria, dependendo do estado de gravidade do paciente.
A comoção e a revolta da população foi impressionante. Aqueles programas policiais exploraram o tema até a exaustão, sempre trazendo “furos exclusivos”, novos fatos, novos depoimentos e novas denúncias e acusações. Agora, passado o choque inicial, se acalmaram as águas neste turvo mar que é a saúde brasileira.
Assim, sem emocionalismos e principalmente sem tendências, só agora, nos sentimos aptos a comentar o asunto. Já faz mais de mês  que tudo ferveu e transbordou e agora a chama está mais branda e menos acirrada de ambos os lados. Tampouco a acusação está brandindo clamores de justiça quanto a defesa se estrebuchando em tentar desmentir aquilo que que os algozes da médica insistem  em divulgar e propagar mundo afora. Esse título colocadso aí em cima poderia ter um sub titulo denominado – ação e omissão – senão vejamos:
Tudo o que eclodiu de forma violenta e virulenta poderia ter sido evitado, até mesmo nem acontecido se cada um de nós cumprisse com plena responsabilidade a parte que nos cabe nesta existência terrena, ou seja, agindo quando é preciso e se omitindo quando imprescindível. No caso sob comentário nossas ações poderiam ter sido mais diligentes, observando o desenrolar das atividades naquele hospital com mais atenção e carinho para com os enfermos lá internados. Mas não fazemos isto, nos incomodamos apenas com o nosso umbigo, no máximo com nossos parentes, quando se defrontam com um internamento hospitalar. Nas demais situações a omissão é a regra deixando-nos fragilizados quando temos de enfrentar situações aterradoras como esta do Hospital Evangélica. E daí o nosso espanto, nossa revolta e nosso susto é principalmente para escondermos a nossa omissão e descaso pelo nosso semelhante.

É neste ponto que a Divina Sabedoria, usando de seus instrumentos sacode a nossa inércia e nos faz pensar, repensar, abrir nossas feridas de omissão obringando-nos a ser impelidos a ações compulsórias de punição dos culpados, compaixão das vítimas, e clamor geral de justiça. Nada disso faz sentido se não for constantemente aplicado em nosso cotidiano. Temos que esperar tragédias para nos movimentar em prol do bem comum??? Será que não podemos olhar todo dia, nem que seja um pouquinho, para o nosso próximo, examinando se não podemos estender a mão para sua dificuldade, ou pelo menos dedicarmos nossos ouvidos para acolher as lamúrias de quem sofre e tentar consolar com palavras de positivismo e de esperança. Não fazemos isto, e percebam, estou usando o “nós” em todo o texto, porque também estou fazendo o “mea culpa”. Mas o foco principal é demonstrar que mesmo essas pessoas, que abreviaram a existência física de quem sofria, são necessárias e imprescindíveis para o funcionamento do Universo. Com certeza as suas atitudes são reprováveis, devem ser condenadas e sancionadas à luz da lei dos homens, para assim puritficarem os seus karmas, mas também  merecem nossas orações e nosso perdão para que elas também possam evoluir. A delicada questão de perdoar o infrator mexe com nosso espírito, mas não nos esqueçamos que também cometemos erros e que também esperamos o perdão alheio. Assim, que toda essa traumática questão do Hospital Evangélico seja por nós olhada não só pelo prisma terreno mas também, e principalmente, pelo lado das engrenagens espirituais que movimentam essa máquina maravilhosa que é o KOSMOS. Todos nós fazemos parte dele, todos nós podemos perdoar espiritualmente para também espiritualmente sermos perdoados, não desprezando o cumprimento das leis humanas que regulam o nosso viver em sociedade. PAREM – PENSEM – REFLITAM – os executores destes atos reprováveis serão, com absoluta certeza, punidos e reprovados pelo pior Juiz que possam vir a enfrentar:
AS SUAS CONSCIÊNCIAS!!!!!!!


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