sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AS SETE CHAVES PARA A SABEDORIA NA MAGIA DA NATUREZA


As chaves do
Caminho de Luz
As chaves dos
Sete conhecimentos

Honestidade

Justiça

Lei

Amor incondicional

Amor

Tolerância

Perdão

Lealdade

Igualdade

Cura

União com Deus

Compaixão

Compaixão


Se cultivares a honestidade, receberás a justiça.
Se cultivares a fé, entenderá a lei.

Se cultivares o amor incondicional, aprenderás o que é amor.

Se cultivares a tolerância, saberás perdoar.

Se cultivares a lealdade, distribuirás a igualdade.

Se cultivares a cura, sentirás Deus em teu ser.

A compaixão é o fruto que iremos colher.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL !!!!

BOM NATAL - BOAS FESTAS - FELIZ ANO NOVO - TOMARA QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VEM - MUITA PAZ - HARMONIA - AMOR - FRATERNIDADE - MUITA  LUZ -

QUEM JÁ NÃO OUVIU ISSO OU RECEBEU ESSAS PALAVRAS ESCRITAS EM MENSAGENS - CARTÕES - EMAILS - RÓTULOS DE PRODUTO - PROPAGANDAS... ENFIM NUMA INFINIDADE DE LUGARES (ALGUNS ATÉ IMPRÓPRIOS) MAS SÃO POUCAS PESSOAS QUE COM CERTEZA PARAM PARA REFLETIR E PENSAR NAQUILO QUE ESTÃO VENDO, LENDO, OU ESCUTANDO, OU DIZENDO.

ESSAS EXPRESSÕES SÃO DITAS DE MANEIRA TÃO CASUAL, AUTOMÁTICA E DESPROVIDA DE SEU REAL SENTIDO, NA MAIORIA DAS VEZES. É UMA CONVENÇÃO SOCIAL. É UMA MANEIRA DE CUMPRIMENTO DE CHEGADA E DESPEDIDA NESSA ÉPOCA DO ANO.

SERÁ QUE VALE A  PENA FICAR BRINCANDO DE PAPAGAIO E SAIR POR AÍ REPETINDO ESSES DIZERES, JOGANDO-OS AO VENTO COMO PALAVRAS OCAS OU INSERINDO EM TEXTOS NEM SEMPRE RECHEADOS DO VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL.

ASSIM FICA UMA SUGESTÃO. NÃO USE EM VÃO TAIS EXPRESSÕES. REFLITA NA SUA COLOCAÇÃO E APLICAÇÃO PARA QUE ELAS REALMENTE TRANSMITAM A ENERGIA KÓSMICA POSITIVA DA QUAL SÃO IMPREGNADAS PELO MUNDO ASTRAL.

E MELHOR AINDA. NÃO PRECISA DIZER ESSAS EXPRESSÕES DE SAUDAÇÃO NESSE PERÍODO NATALINO E DEPOIS, NO RESTANTE DO ANO QUE ESTÁ PORVIR, AGIR DIAMETRALMENTE OPOSTO AQUILO QUE DISSE, APREGOOU, ESCREVEU, COLOCOU EM BANDEIROLAS NA SUA CASA OU EM SEU LOCAL DE TRABALHO.

FAÇA MELHOR !!!

SUPERE A TODOS... E PRINCIPALMENTE A VOCÊ  MESMO

NÃO DESEJE "BOM NATAL"

PRATIQUE UM "BOM NATAL",

CONSIDERANDO QUE "NATAL" É IGUAL A "NASCER",

TODOS OS DIAS DO ANO POIS CADA DIA QUE "NASCE"

NASCE TAMBÉM A OPORTUNIDADE DE SE TRANSFORMAR

EM UMA LINDA FESTA.

A FESTA DE VIVER !!!!



sábado, 21 de dezembro de 2013

ETERNA PRESENÇA

BOM DIA !!!


VOCÊ CHEGOU AO SEU TRABALHO

ORE E PEÇA ILUMINAÇÃO

FAÇA SUA AGENDA E PROGRAME O SEU DIA

ISSO SE CHAMA REFLEXÃO

AGORA, COM TUDO PLANEJADO,

COMECE A TRABALHAR

ISSO SE CHAMA AÇÃO

ACREDITE QUE TUDO VAI DAR CERTO

ISSO SE CHAMA   

FAÇA TUDO COM ALEGRIA

ISSO SE CHAMA ENTUSIASMO

DÊ O MELHOR DE SI

ISSO SE CHAMA PERFEIÇÃO

DEUS ESTÁ COM VOCÊ

ISSO SE CHAMA AMOR

TENHA UM BOM DIA

TODOS OS DIAS

NÓS TRABALHAMOS EM PAZ E HARMONIA

CONFIAMOS EM DEUS.


(TEXTO COPIADO DE UM ESPELHO DECORATIVO INSTALADO NA PAPELARIA PETCHO.
AVENIDA TOALDO TULIO 4318 - SÃO BRAZ - FONE 3015-0896
 COLABORAÇÃO DA SRA. DIRCE VERRI)

sábado, 7 de dezembro de 2013

!!!-AVISO DE FÉRIAS-!!!

COMUNICADO IMPORTANTE


ATRAVÉS DO PRESENTE COMUNICAMOS A TODOS
 OS NOSSOS AMIGOS E CLIENTES QUE:


- estaremos de férias, para um merecido descanso, retornando após o  dia 2 de janeiro de 2014. 


Colhemos a oportunidade para desejar  a todos vocês, nossos fiéis clientes,  e seus familiares  felicidades e muitas...muitas mesmo.... festas de fim de ano, e um  2014 REPLETO DE BENÇÃOS E SAÚDE.


A EQUIPE


- Alface ,Pão Integral,  Granola,  Legumes e Verduras,  Frutas,  Linhaça,  Leite desnatado,  Peixe,  Pepino e o Aipo, A Água de Coco...




EM TEMPO !

Durante  nossa ausência, colocamos a   vossa disposição, EQUIPE CAPAZ E DILIGENTE, que irá  atendê-los com a mesma gentileza, agilidade e cordialidade que  é peculiar destes valorosos colaboradores. Anote os seus nomes e consulte nosso site para obter e-mails e celulares de cada colaborador. São eles

Cerveja  gelada

 Leitão assado
 Peru recheado 
 Bacalhoada
 O Tender
 O Pernil
  Farofa
  Rabanadas
 Tortas diversas,
  Panetone 
 vinhos tinto, branco, rosé,

 Champanhe 



- importante - AOS QUE SOBREVIVEREM A MAIS ESSA MARATONA DE  FESTAS DE FIM DE ANO INFORMAMOS QUE ESTAMOS OFERECENDO GRÁTIS - NO RETORNO DE NOSSAS FÉRIAS - UMA PESAGEM GRATUITA COM DIREITO A CHÁ DE HORTELÃ. AGENDE SUA VISITA. PESSOAS COM MAIS DE UMA TONELADA FICAM ISENTAS DE AGUARDAREM NA FILA SENDO ATENDIDAS DE MODO PREFERENCIAL NA DOCA DE CARGA E DESCARGA DE VEÍCULOS PESADOS - GATE "HELL-013"




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ÁRVORE DE NATAL - PARTE FINAL -

............... CONTINUAÇÃO.................

GREG estacionou o carro e franziu o cenho assustado com a presença de uma viatura policial defronte a sua casa. Voltara para casa sozinho, pois deixara as crianças na casa de sua irmã, com a finalidade de buscar MARGAUX para jantarem todos juntos na casa de ANABELLE. Foi STUART, o universitário que residia no anexo da casa quem recebeu GREG, dizendo:
- Sr. GREG, eu cheguei da aula, entrei no anexo.....então...eu precisei falar com a Sra MARGAUX e bati na porta da cozinha....estava aberta e entrei.... aí.aí..... eu encontrei Dona Margaux lá....lá na sala....caída...
GREG correu para sala e deparou-se com a cena: - um paramédico examinava MARGAUX, estendida no chão, aos pés da cadeira da vovó, a árvore de natal com o pisca ligado e um monte de cacos de cerâmica na porta da cozinha. Não precisou falar nada pois o paramédico dirigiu-se a ele informando:
- Infelizmente chegamos tarde....ela teve um enfarte fulminante.... foi o rapaz que a encontrou que nos chamou........
GREG  recebeu a notícia como se tivesse levado um coice no peito...sua cabeça começou a rodar e ele ajoelhou-se abraçando MARGAUX, enquanto as lágrimas vertiam de seus olhos.
- Não....não....não pode ser. Porque isso? Como foi que aconteceu? Por que? – o desespero era visível na voz e na fisionomia de GREG.
O paramédico, experiente nessas situações, fez GREG sentar-se na poltrona da vovó, e aplicou-lhe um leve sedativo intramuscular. Aos poucos GREG foi se acalmando, e apesar da confusão emocional conseguiu responder as questões do policial, enquanto os paramédicos recolhiam o corpo na ambulância que acabara de chegar.
.........................................................................................................................................................
MARGAUX deixava-se conduzir pelo irmão enquanto respirava o ar carregado de azoto, dando uma impressão de ambiente esterilizado. Em poucos segundos ela se encontrava acolhida por sua vó, e olhem só...Papai e Mamãe...trajando as roupas do seu aniversário de casamento.
Instintivamente MARGAUX sorriu, enquanto lágrimas quentes rolavam pelos seus olhos.
Não haviam palavras, nenhum som era audível mas a comunicação se estabelecia de maneira imediatamente compreensível entre os presentes naquela reunião familiar. Foi vovó que, avançando um passo, abriu os braços e acolheu “uma assustada menininha” num reconfortante abraço. Suas palavras foram objetivas:
- Querida Margaux...você continua a mesma menininha de sempre, apesar de ter perdido algumas sardas.
MARGAUX  sorriu de modo reflexivo enquanto se deixava abraçar. O seu pai disse-lhe em seguida:
- Filha...você sabe onde está e o que te aconteceu ?
Ela simplesmente meneou negativamente a cabeça, alternando o seu olhar assustado entre o pai e a avó. Nesse instante pode identificar a terceira pessoa de forma nítida. Era sua mãe que afirmou-lhe serenamente:
- Meu amorzinho...você está na eternidade. Deixou o mundo físico pois suas tarefas e responsabilidades por lá foram todas cumpridas.
- Mamãe !! – respondeu MARGAUX – eu morri? E GREG? E AS CRIANÇAS? EU....EU...ESTAVA MONTANDO A ÁRVORE DE NATAL.....e de repente senti......
O pai interrompeu  MARGAUX acalmando-a com voz serena:
- Minha filha, a morte inexiste...é apenas uma porta para outra forma de vibração. Lá você precisa de um arcabouço físico...aqui é um ambiente menos denso...portanto esse aparelho físico é dispensável.
Ela ouvia as palavras do pai meneando negativamente a cabeça e murmurando um “não...não... isso não pode ser”.
O comitê de recepção de MARGAUX, ao sentir o seu desequilíbrio energético imediatamente conduziu-a para um pequeno círculo azulado e os quatro espíritos familiares impuseram sobre a fronte de MARGAUX as mãos aplicando-lhe um passe energético e tranquilizador. Ela sentiu-se novamente adormecida e flutuando, enquanto fechava os olhos e se deixava levar.
.........................................................................................................................................................
O clima era tenso. As pessoas se olhavam, com sorrisos amarelos trocando olhares entre si e olhando com ar de pena para GREG  e os filhos. Era noite de Natal. A árvore estava acesa, piscando suas luzinhas mágicas, os presentes estavam sob ela. A mesa da ceia arrumada porém ninguém havia tocado na comida.
ANABELLE, irmã de GREG, veio da cozinha trazendo a última travessa de empadão e colocando-a sobre a mesa disse para o irmão:
- É GREG...eu insisti para você cancelar essa ceia de Natal. Veja não tem clima. Todos estão enlutados e tristes pela perda de MARGAUX. Veja as crianças....sentadas no sofá...nunca aconteceu isso...sempre estavam a correr pela casa nesse dia...
- Eu sei ANABELLE – interrompeu GREG – mas eu acho que devia isto para MARGAUX. Afinal ela sempre se esmerava muito em montar todo o cenário para a ceia.
ANABELLE concordou e prosseguiu dirigindo-se aos convidados:
- Oi pessoal !! A ceia está servida. Por favor sirvam-se.
Os convidados foram se aproximando da mesa e GREG, colocando-se na cabeceira, levantou a mão dizendo:
- Meus amigos e familiares. Antes de mais nada queria agradecer a presença de todos e fazer uma oração por MARGAUX e por todas aquelas famílias que tem de passar os Natais com a tristeza da ausência de seus entes queridos.
Todos baixaram a cabeça e oraram baixinho seguindo as palavras de GREG:
- Senhor ! Acolhei essas nossas rogatórias, para amenizar, em nossos corações as dores e os percalços da ausência de nossos entes queridos. Derramai sobre nossas cabeças o óleo balsâmico do consolo e reconforta-nos com tua luminar energia. Pedimos especialmente pela nossa querida MARGAUX.... ausente dessa nossa reunião....
E...nesse ponto o caçula JOSHUA interrompendo o pai disse em alto e bom tom:
- Olha lá a mamãe !!!!!! Tá parada na porta  rindo para a gente !!!!!!!!!!!!!!
A comoção foi geral e as lágrimas invadiram os olhos de todos.
.........................................................................................................................................................
Parada na soleira da porta MARGAUX, amparada pelo irmão GEORGE de um lado e sua avó do outro, sorria – agora tranqüila e energizada –
GEORGE falou-lhe:
- Pronto “maninha” – Eles estão todos aí. Comemorando o Natal, assim como você fazia. Podemos ir ?
MARGAUX assentiu positivamente com a cabeça e todos foram envolvidos por uma suave luz violeta.



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ÁRVORE DE NATAL - PARTE 1



ÁRVORE DE NATAL

                Estacionei  o carro e meus olhos se voltaram para as caixas, colocadas na prateleira da parede do fundo da garagem. Pensei comigo. Já está na hora de novo. Suspirei conformada e comecei a deslocar os volumes  para dentro de casa. Ao entrar com a primeira, na sala de visita, esquadrinhei o ambiente  como se escolhesse um canto, um local, mesmo sabendo que o lugar seria o mesmo. Perto da janela, ao lado da “cadeira da vovó”...enfim tudo dentro do mesmo plano, da mesma rotina, como todo final de ano. Começava o ritual de montar a árvore de Natal.
                Larguei a caixa e no caminho para pegar as demais passei na cozinha e  liguei a cafeteira. Um café, preto, forte e doce, iria me ajudar com certeza. Não que a tarefa fosse ruim, desagradável, nada disso. Eram as implicações imateriais dela que me incomodavam. As saudades, as lembranças de Natais de anos anteriores, as pessoas que ano após ano, tornavam a ceia de Natal um momento mais racional, rápido pois tinham a “festa do clube”, - a “visita na casa da titia” -, enfim vinham, cumprimentavam, comiam a ceia e sumiam...até o ano que vem.
            Colorir a casa com luzinhas piscantes, musiquinha eletrônica e repetitiva, laços, guirlandas e bolinhas de vidro cintilantes, era apenas um gesto de decorar uma peça de sua casa ...mas o que estava por trás, lá por dentro, e lá no fundo desse ritual é que realmente mexia comigo.
                Fiz isso, de montar e desmontar árvores de natal desde minha infância, primeiro com minha saudosa e querida vó Sarah, depois com mamãe e papai e finalmente com papai, quando mamãe faleceu... e meu pai insistiu, mesmo de luto..., em comemorar o Natal com os “sobreviventes”.
                Depositei a última caixa e ouvi o gargarejar da cafeteira. O perfume de café fresco invadiu o ar. Um atrativo irresistível, que me fez ir até a cozinha, para me servir de uma enorme caneca de café e....bem.... começar a tarefa de montar mais um Natal!
Ajoelhei-me e comecei a abrir os volumes, tirando com cuidado as fitas adesivas. Afinal esses enfeites teriam de voltar para essas mesmas caixas e ficar hibernando por mais um ano ao final das “festas”. Eu sempre preservava o maior número de  caixas do ano anterior pois aquelas que conseguia no mercado atualmente  estavam cada vez mais fracas... a cada ano que passava...assim como mais pálida essa confraternização. Não pense que isso é amargura, ressentimento, ou qualquer outro sentimento auto depreciativo. É apenas e tão somente uma constatação. Os Natais estão se esmaecendo como névoa da madrugada que não resiste ao calor do nascer do Sol. O tom de urgência, de celeridade e, de muita falsidade, estão cada vez mais presentes e tornam-se a tônica das reuniões de família. Todos tem de ir para mais algum lugar depois daqui, porque a família cresceu, tem o filho, a filha, enfim alguém mais em um outro lugar que também precisa da atenção deste ou daquele. Não que isso seja errado, realmente todos precisam ser acolhidos e acarinhados no Natal...ou melhor...em qualquer época do ano, mas isso não justifica, ao meu ver, o aspecto formal e apenas social que as festas natalinas se caracterizaram  no decorrer dos últimos tempos. O motivo espiritual, o motivo verdadeiro dessa comemoração há muito foi relegado a um segundo plano, impondo-se como relevante os pratos que serão servidos na ceia, as roupas novas que serão usadas e a discussão das conquistas materiais conseguidas ao longo do ano que está terminando. Isso é que me incomoda. A falta do SER em detrimento ao TER.
                Lembro-me, quando ainda adolescente, logo após o término da 2ª Guerra, quando o mundo estava se recuperando de seis anos de combates, mortes e desgraças que meu Pai me disse:
“- Margaux...minha filhinha...esse ano nosso Natal vai ser diferente. Não teremos alguns presentes e talvez a ceia de Natal seja um pouco modificada.”
Olhei para mamãe, que estava com os olhos cheios de lágrimas, e perguntei:
- Mamãe, ainda estamos de luto pelo George , por isso não vamos comemorar o Natal ?
- Não minha filha, é que não temos dinheiro para comprar as coisas para o Natal, nem os presentes. E quanto ao George não se preocupe pois onde ele está agora sempre é Natal.
George era meu irmão mais velho, bem mais velho, e havia falecido durante uma batalha contra os alemães no leste da Europa. A última imagem que tenho dele é vendo o seu embarque na Base Aérea de Nova York, em direção a Europa, para combater Hitler – como ele dizia -. Após alguns meses recebemos um telegrama, e uma caixinha marrom contendo as placas identificativas dele, entregues por um sargento da intendência ao meu Pai. E tudo isso ocorreu perto do Natal.
Foi vovó, a mãe de papai, quem salvou a situação, levantando o “moral da tropa” como ela dizia.
- Vamos comemorar o Natal sim! – disse vovó SARAH com ênfase - .... Mas de um jeito diferente.... Sem presentes, rapapés sociais, ou comidas nababescas. Esse será um Natal de Oração ! Vamos dar uns aos outros os melhores presentes que temos dentro de nós: o AMOR – A FRATERNIDADE –  A SOLIDARIEDADE... e quanto a ceia....bem com certeza Frank vai assar aquelas castanhas no tambor, como faz todo ano...pois bem! vamos buscá-las, lá na pracinha, e elas serão nossa ceia. E você Rute – disse vovó falando com minha mãe – prepare aquela bebida com gengibre e salsaparrilha que será o nosso ponche natalino.
O sinal de mensagem tocou no meu celular me trazendo imediatamente  ao presente e eu me flagrei com o olhar fixo na cadeira da vovó...era ali...ali mesmo ...que eu iria montar a árvore de natal. Li o recado de Greg – meu marido – avisando que iria pegar as crianças na escola e depois iria com elas ao SHOPPING. Sorri ao ler e pensei... – tenho mais tempo para montar os enfeites até a hora do jantar...mãos a obra !!!!.
Sempre fui muito tradicionalista e possuía enfeites antigos, de porcelana, de acetato, verdadeiras jóias que sobreviveram, brava e heroicamente, a convidados infantis, quedas de árvore de natal por ventos e/ou batidas inesperadas... enfim toda sorte de imprevistos e infortúnios porém eles estavam ali... firmes, fortes e prontos a cumprirem o seu papel anual de serem cuidadosamente dependurados por mim na árvore de arame recoberta de folhas de plástico verde. Era uma imitação, estava comigo há 8 anos, a idade de Peter – nosso filho mais velho – e eu sempre montava a mesma árvore -  pois depois que a adquiri sempre tive sorte nos anos seguintes da sua montagem. Mudei de emprego, Greg também foi promovido, nasceu JOSHUA, nosso segundo filho, hoje com  com 4 anos de muita sagacidade, e finalmente conseguimos reformar o anexo a nossa casa e alugá-lo para os universitários que freqüentavam as aulas na Universidade local.
Ora ! nunca tive pelo que me queixar da vida, ela sempre me sorriu e poucas vezes franziu de forma assustadora a  sua carranca para mim. Assim só tenho a agradecer o curso que a existência me determinou e sempre vou procurar ampliar meus horizontes espirituais buscando cada vez mais dar ênfase ao SER...ao poder existir em PAZ... vendo tudo a sua volta sempre em estado de beligerância.
Coloquei os ursinhos, sempre aos pares, e depois aquele boneco de neve que um dia foi branco  como o uniforme de uma enfermeira e hoje está amarelado pelo tempo. No fundo da caixa o cordão de luzes multicoloridas espera pacientemente o seu teste. Pisca sim...pisca não...AH MEU DEUS ! ... aquela fileira ali não acende...tenho de testar as lâmpadas. No final elas acendiam todas e coloriam a árvore dando brilho e vida aos enfeites lustrosos e refletivos.
Busquei as extensões, fiz as ligações, gruda com fita daqui, cola ali e PRONTO ! Minha obra natalina para este ano estava concluída. Voltei à cozinha e me servi de mais um café, encostando-me no batente da porta para admirar minha obra.
Tudo estava lá... o quadro completo.... árvore, enfeites, luzes – piscando ou não piscando -, poltrona da vovó e....VOVÓ SARAH  sentada nela, sorrindo, como sempre fazia quando me enxergava. Larguei a xícara, que caiu no chão de cerâmica da cozinha espatifando-se em mil cacos. Avancei em direção aquela poltrona, ávida de abraçar vovó e quando constatei que o móvel estava vazio ajoelhei-me na frente dele e deixei escorrer duas lágrimas pelo meu rosto afogueado pelo susto.
Por alguns segundos me senti amortecida e com muito....muito frio. Foi então que senti no ombro a mão cálida e reconfortante. Levantei os olhos e lá estava ele – GEORGE, meu querido irmão, elegante, sorridente no seu impecável uniforme de piloto. Quis falar alguma coisa, faltou-me a voz e só consegui ouvir a voz de GEORGE me informando:
- MARGAUX...minha querida irmã... Venha comigo. Vamos comemorar o Natal com a Vovó SARAH e papai e mamãe.
Simplesmente não resisti e em segundos senti-me flutuando ao lado de GEORGE.
.........................................................................................................................................................

 .....................CONTINUA............................