Segundo os mais importantes pesquisadores do assunto, teriamas
cartas sido criadas na China Antiga,
durante o reinado do Imperador S'eun-ho (cerca de 1.120 d.C). Estas cartas,
feitas de madeira ou de fibras de plantas, eram circulares e serviam para jogar
ou para serem consultadas como oráculo
.Posteriormente, as cartas
apareceram na Índia, onde os dez naipes que constituíam o maço, na época,
representavam as dez encarnações de Vishnu, um dos principais deuses do
hinduísmo. Quando os ciganos, originários daquele país, emigraram em direção ao
Ocidente, levaram as cartas e a cartomancia a toda a Ásia Menor e ao norte da
África. Como as cartas chegaram à Europa é ainda um assunto polemico. Para
alguns, os árabes as teriam introduzido na península ibérica durante os séculos
que dominaram esta região.Segundo outros, foram os próprios ciganos que
popularizaram seu uso quando se estabeleceram nos Bálcãs. De qualquer modo, no
século XVI, as cartas já eram conhecidas em todas as nações europeias e a
cartomancia havia se tornado uma verdadeira paixão, à qual recorriam os reis e
príncipes governantes, tentando saber o que o destino reservava para seus
tumultuados reinos.
Desde essa época, a arte da adivinhação por meio das cartas
não mudou. Os velhos segredos e mistérios dos ciganos têm passado de geração em
geração e, o que é mais importante, os antiquíssimos valores atribuídos a cada
carta permanecem os mesmos. Na verdade, não poderia ser de outro modo, pois
toda a sabedoria da cartomancia está contida no complexo sistema esotérico que
formam as 52 cartas, divididas em 4 naipes, e suas surpreendentes
correspondências com o nosso calendário. Quando se soma o valor numérico de
todas as cartas do baralho (sendo que o Rei vale 13, a Dama 12 e o Valete 11),
obtém-se o número 364, ao qual se acrescenta 1 (valor do coringa) e chega-se a
365, o número de dias que formam um ano.Quando se somam entre si os
algarismos da soma total das cartas (364), ou seja, 3 + 6 + 4, obtém-se 13 como
resultado, que é o número de cartas contidas em cada naipe. O baralho tem 52
cartas; o ano tem 52 semanas. A soma do valor numérico das cartas de cada naipe
dá 91, que é o número de dias que tem cada uma das estações do ano. Quando se
divide 91 por 7 (os dias da semana), obtém-se 13, que é o número de cartas em
cada naipe. Embora possam ser citadas muitas outras correspondências entre as
cartas e o calendário, estas já são suficientes para se compreender que há todo
um sistema
cabalístico entre ambos, e que este sistema é muito importante
para a cartomancia.
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