A LIÇÃO DO HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA
As notícias cairam na mídia de
forma bombástica e tonitruante. Uma médica, responsável pela UTI do Hospital
Evangélico de Curitiba, estava “escolhendo”quem vivia ou morria, dependendo do
estado de gravidade do paciente.
A comoção e a revolta da
população foi impressionante. Aqueles programas policiais exploraram o tema até
a exaustão, sempre trazendo “furos exclusivos”, novos fatos, novos depoimentos
e novas denúncias e acusações. Agora, passado o choque inicial, se acalmaram as
águas neste turvo mar que é a saúde brasileira.
Assim, sem emocionalismos e
principalmente sem tendências, só agora, nos sentimos aptos a comentar o
asunto. Já faz mais de mês que tudo
ferveu e transbordou e agora a chama está mais branda e menos acirrada de ambos
os lados. Tampouco a acusação está brandindo clamores de justiça quanto a
defesa se estrebuchando em tentar desmentir aquilo que que os algozes da médica
insistem em divulgar e propagar mundo
afora. Esse título colocadso aí em cima poderia ter um sub titulo denominado –
ação e omissão – senão vejamos:
Tudo o que eclodiu de forma
violenta e virulenta poderia ter sido evitado, até mesmo nem acontecido se cada
um de nós cumprisse com plena responsabilidade a parte que nos cabe nesta
existência terrena, ou seja, agindo quando é preciso e se omitindo quando
imprescindível. No caso sob comentário nossas ações poderiam ter sido mais
diligentes, observando o desenrolar das atividades naquele hospital com mais
atenção e carinho para com os enfermos lá internados. Mas não fazemos isto, nos
incomodamos apenas com o nosso umbigo, no máximo com nossos parentes, quando se
defrontam com um internamento hospitalar. Nas demais situações a omissão é a
regra deixando-nos fragilizados quando temos de enfrentar situações aterradoras
como esta do Hospital Evangélica. E daí o nosso espanto, nossa revolta e nosso
susto é principalmente para escondermos a nossa omissão e descaso pelo nosso
semelhante.
É neste ponto que a Divina
Sabedoria, usando de seus instrumentos sacode a nossa inércia e nos faz pensar,
repensar, abrir nossas feridas de omissão obringando-nos a ser impelidos a
ações compulsórias de punição dos culpados, compaixão das vítimas, e clamor
geral de justiça. Nada disso faz sentido se não for constantemente aplicado em
nosso cotidiano. Temos que esperar tragédias para nos movimentar em prol do bem
comum??? Será que não podemos olhar todo dia, nem que seja um pouquinho, para o
nosso próximo, examinando se não podemos estender a mão para sua dificuldade,
ou pelo menos dedicarmos nossos ouvidos para acolher as lamúrias de quem sofre
e tentar consolar com palavras de positivismo e de esperança. Não fazemos isto,
e percebam, estou usando o “nós” em todo o texto, porque também estou fazendo o
“mea culpa”. Mas o foco principal é demonstrar que mesmo essas pessoas, que
abreviaram a existência física de quem sofria, são necessárias e
imprescindíveis para o funcionamento do Universo. Com certeza as suas atitudes
são reprováveis, devem ser condenadas e sancionadas à luz da lei dos homens,
para assim puritficarem os seus karmas, mas também merecem nossas orações e nosso perdão para que
elas também possam evoluir. A delicada questão de perdoar o infrator mexe com
nosso espírito, mas não nos esqueçamos que também cometemos erros e que também
esperamos o perdão alheio. Assim, que toda essa traumática questão do Hospital
Evangélico seja por nós olhada não só pelo prisma terreno mas também, e
principalmente, pelo lado das engrenagens espirituais que movimentam essa
máquina maravilhosa que é o KOSMOS. Todos nós fazemos parte dele, todos nós
podemos perdoar espiritualmente para também espiritualmente sermos perdoados,
não desprezando o cumprimento das leis humanas que regulam o nosso viver em
sociedade. PAREM – PENSEM – REFLITAM – os executores destes atos reprováveis
serão, com absoluta certeza, punidos e reprovados pelo pior Juiz que possam vir
a enfrentar:
AS SUAS CONSCIÊNCIAS!!!!!!!
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